Na véspera de celebrarem 6 anos passados sobre o primeiro concerto no Cefalopolis, os Deolinda associaram-se à Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) para um concerto diferente, que encheu o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.
Sob a direcção do maestro Cesário Costa a OML iniciou uma viagem pelo universo de canções dos Deolinda, navegando sobre os arranjos e orquestrações originais de Daniel Schvetz, num barco cuja tribulação era constituída pelo quarteto de músicos: Ana Bacalhau na voz, Pedro Silva Martins e Luis José Martins nas guitarras e José Pedro Leitão no contrabaixo.
Mas nesse barco havia ainda um passageiro "Clandestino", o público, cuja presença foi rapidamente denunciada nos assobios em "Contado ninguém acredita", mantendo-se de forma continuada durante todo o concerto, como foram exemplos as intervenções em "Fado Toninho" ou a mais preponderante, naquele que se tornou um verdadeiro hino, não de uma geração, mas de todo um país: "Parva que sou".
Embora os Deolinda refiram que o que fazem não é fado os temas "O Fado não é mau" e " Canção da tal Guitarra" foram cantados como a tradição obriga, com Ana Bacalhau atrás dos seus «guitarras». E foram poucas as ocasiões em que a cantora se cingiu a uma zona restrita no palco durante a actuação. Os temas ritmados pedem movimento e nisso Ana Bacalhau já nos habituou, tal como ao seu guarda-roupa que ajuda a criar o movimento e dá cor ao espetaculo que se requer completo, em termos musicais e visuais.
"Nao tenho mais razões" revelou-nos «esta doença só me dá para dançar», doença que aparentemente é bastante contagiosa, pois pela plateia eram muitos aqueles que mesmo restringidos às cadeiras revelavam sintomas desta patologia.
Em noite de São João, não poderia faltar a "Problemática colocação de um mastro" tema em que somos surpreendidos por sons de tambores que atravessam o corredor central da plateia para se juntarem aos restantes músicos em palco. A referência ao «mastro Espanhol» suscitou de novo intervenção do público e não faltaram os «Olés!». As palmas neste momento já eram contínuas e nem temos tempo de intervalo entre as musicas, começando logo de seguida o "Movimento Perpétuo Associativo".
Em apoteose e, quase chegando ao final, surgiu o "Fon Fon Fon" que foi «vivido» intensamente com as referências à musica erudita e ao CCB, não esquecendo a Tuba, com quem a vocalista protagonizou um dueto a que se seguiu o primeiro tombo ao vivo em concertos, felizmente sem gravidade Ana Bacalhau continuou a cantar e provocou um riso nos seus colegas em palco que se estendeu rapidamente a toda a plateia.
Mas nesse barco havia ainda um passageiro "Clandestino", o público, cuja presença foi rapidamente denunciada nos assobios em "Contado ninguém acredita", mantendo-se de forma continuada durante todo o concerto, como foram exemplos as intervenções em "Fado Toninho" ou a mais preponderante, naquele que se tornou um verdadeiro hino, não de uma geração, mas de todo um país: "Parva que sou".
Embora os Deolinda refiram que o que fazem não é fado os temas "O Fado não é mau" e " Canção da tal Guitarra" foram cantados como a tradição obriga, com Ana Bacalhau atrás dos seus «guitarras». E foram poucas as ocasiões em que a cantora se cingiu a uma zona restrita no palco durante a actuação. Os temas ritmados pedem movimento e nisso Ana Bacalhau já nos habituou, tal como ao seu guarda-roupa que ajuda a criar o movimento e dá cor ao espetaculo que se requer completo, em termos musicais e visuais.
"Nao tenho mais razões" revelou-nos «esta doença só me dá para dançar», doença que aparentemente é bastante contagiosa, pois pela plateia eram muitos aqueles que mesmo restringidos às cadeiras revelavam sintomas desta patologia.
Em noite de São João, não poderia faltar a "Problemática colocação de um mastro" tema em que somos surpreendidos por sons de tambores que atravessam o corredor central da plateia para se juntarem aos restantes músicos em palco. A referência ao «mastro Espanhol» suscitou de novo intervenção do público e não faltaram os «Olés!». As palmas neste momento já eram contínuas e nem temos tempo de intervalo entre as musicas, começando logo de seguida o "Movimento Perpétuo Associativo".
Em apoteose e, quase chegando ao final, surgiu o "Fon Fon Fon" que foi «vivido» intensamente com as referências à musica erudita e ao CCB, não esquecendo a Tuba, com quem a vocalista protagonizou um dueto a que se seguiu o primeiro tombo ao vivo em concertos, felizmente sem gravidade Ana Bacalhau continuou a cantar e provocou um riso nos seus colegas em palco que se estendeu rapidamente a toda a plateia.
Depois de tanta euforia surge a homenagem a Bernardo Sassetti, com Daniel Schvetz ao piano, os semblantes que ainda agora sorriam, modificam-se e é dificil para Ana Bacalhau conter as emoções.
Perante o CCB todo de pé os músicos retiram-se logo depois do tema a "Ilha", onde atracaram o seu navio, mas não dão por terminada a viagem voltando a pedido do publico para encerrar novamente com a "Problemática colocação do mastro".
O sucesso deste concerto deveu-se em grande parte à forte identidade dos músicos que não se perdeu na fusão de estilos e que resultou no nascimento de novas melodias, únicas e harmoniosas.
O sucesso deste concerto deveu-se em grande parte à forte identidade dos músicos que não se perdeu na fusão de estilos e que resultou no nascimento de novas melodias, únicas e harmoniosas.
Agradecimentos | OML
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